Argumento de bad design
Um Criador inteligente criaria algo com defeitos?
Evolucionistas e críticos do design inteligente geralmente utilizam o argumento do bad design para inferir que não existe sinal algum de planejamento na natureza. Eles apontam alguns exemplos que para eles “provam” que tudo o que vemos no mundo é o resultado de milhões e milhões de anos de acidentes e processos naturais que deram certo (evolução cumulativa), ou seja, gambiarras evolutivas.
Os exemplos de “bad design” apontados por eles podem variar e vão desde estruturas que aparentemente não possuem funções no corpo, como, por exemplo, os mamilos masculinos, apêndice e porções não codificantes do DNA, até anomalias genéticas como a Síndrome de Down, hemofilia, fibrose cística e outros. Eles também apontam estruturas que na opinião deles não estão certas, como, por exemplo, a fiação “invertida” da retina, o compartilhamento da faringe e etc. Para eles essas coisas “provam” que nada na natureza foi planejado por uma inteligência, o que inclui o ser humano.
Em primeiro lugar, somente coisas projetadas podem apresentar
falhas, pois somente coisas projetadas possuem um padrão de funcionamento adequado que
serve como parâmetro entre o funcionamento correto e o incorreto. Em outras
palavras, a conclusão de que existem falhas em algo pressupõe que esse algo foi
projetado, pois somente coisas projetadas podem apresentar falhas.
Em segundo lugar, existem vários exemplos de coisas projetadas
pelo homem que apresentam falhas. Portanto a presença de falhas em um sistema não é indicativo de
ausência de design ou planejamento nele.
O Windows, por exemplo, é um sistema operacional que foi desenvolvido pela
inteligência humana. Porém, mesmo sendo desenvolvido por uma inteligência, ele
possui várias falhas, as quais chamamos popularmente de “bugs”.
Alternativa do argumento de Bad Design:
Mas um Criador perfeito poderia criar algo imperfeito?
Depois de perceber que o seu argumento de bad design NÃO
contesta o design, o crítico vai partir para um argumento alternativo. Agora o
foco do argumento não será mais o design, mas o próprio Designer. Os críticos
da TDI sabem que muitos defensores do design inteligente são religiosos que acreditam que Deus é o Designer (apesar da teoria em si não alegar nada a respeito do Designer ou de Deus). Eles sabem também
que de acordo com o conceito cristão, Deus é perfeito. Portanto a tática agora será mostrar aos
proponentes da TDI as supostas falhas na natureza e depois perguntar:
“Pode um Criador perfeito criar coisas imperfeitas?”
A resposta nesse caso é sim! Ele pode! O que pela lógica não poderia
acontecer é o contrário disso, ou seja, um ser imperfeito criar algo perfeito,
pois o efeito (criação) nunca pode ser maior que a causa (Criador).Portanto um Criador perfeito (Deus) pode criar intencionalmente coisas imperfeitas ou até inferiores. Contudo é
importante que saibamos separar “design imperfeito” de design suscetível a
imperfeições.
Considero o design dos seres vivos primoroso e assombrosamente engenhoso, mas entendo que ele é sujeito a falhas, principalmente pelo fato de a reprodução ser um processo estocástico. As falhas também podem surgir devido à interação da “máquina biológica” com o meio em que vive. Por exemplo: eu sei que o sistema de replicação do meu DNA é altamente preciso e eficiente. Sei que ele usa máquinas de enzimas altamente sofisticadas para tentar preservar o código original, mas sei também que posso estragar tudo isso se ficar exposto à radiação ou a certos produtos químicos. A radiação pode provocar erros durante o processo de divisão celular (mutações). Sei que tenho um sistema imunológico que é bastante eficiente e me protege diariamente de inúmeros agentes invasores (antígenos). Mas sei também que posso atrapalhar o funcionamento desse sistema de várias formas... Então a questão não é Deus ter criado propositalmente algo “com defeito”, mas algo “sujeito a apresentar defeito”. O design do ser humano é absolutamente fantástico, engenhoso, estupendo! Mas o ser humano não é indestrutível! Temos que cuidar bem de nossa máquina biológica.
Alternativa 3: O naturalismo explica...
"Não precisamos inferir que houve um design intencional na natureza. Tudo na natureza pode ser explicado por meio da evolução química e biológica, onda as estruturas surgiram extremamente simples e foram adquirindo complexidade através de processos naturais..."
O naturalismo não explica, ele especula...
Entendo que na visão evolucionista os organismos começaram rudimentares e foram adquirindo complexidade com o passar de milhões de anos. Mas vejo nisso um tipo de “apelo ao deus Tempo” e ao "deus Sorte" também. Aquilo o que sabemos não ser possível através de forças não inteligentes da natureza, torna-se “SUPOSTAMENTE possível” na visão dos evolucionistas quando acrescentamos milhões ou bilhões de anos à equação. Em vista disso sou obrigado a evocar a teoria da complexidade irredutível de Michael Behe, pois a célula é a unidade fundamental da vida, e só funciona completa... sem célula - sem vida (a comunidade científica ainda está discutindo se os vírus são seres vivos ou não), e ela só funciona como célula se todos os seus componentes estiverem presentes...
Como uma célula pode fabricar proteínas sem seu
ribossomo? Como a célula pode armazenar e transportar as proteínas sintetizadas
pelos ribossomos sem o retículo endoplasmático? Como a célula pode dirigir
todas essas atividades celulares sem seu núcleo? Como pode fabricar seus
ribossomos sem o nucléolo? Como pode armazenar água, sais, proteínas e
carboidratos sem seu vacúolo? Como pode armazenar enzimas para a digestão sem
seu lisossomo? Como pode distribuir as proteínas sintetizadas pela célula sem o
Complexo de Golgi? Como pode controlar o que entra e sai da célula sem sua
membrana? Como pode se reproduzir sem seu centríolo? A célula é um sistema
formado por "peças" interligadas que juntas, produzem um trabalho
específico... Ela não funciona incompleta. Então para que a primeira forma de
vida fosse possível, ela teria que contar com uma célula que já surgiu
complexa, com todas as suas partes prontas e operacionais, pois caso contrário
ela não funcionaria, e a vida não seria possível.
A complexidade da vida pode ser atribuida ao karma e lei natural sem um criador pois considerando que a vida é eterna ela sempre va i se manifestar. Se Deus realmente existe e criou o Universo então as imperfeições vieram dele pois estavam em potencialidade dentro dele.
ResponderEliminarA criação que seria o efeito pode ser consequência dessa causa i.e a causa que tem uma imutabilidade sustentado em mutabilidades vai antes da criação realizando atividades para criar depois, e essas ações são atividades em Deus que não é imutável em absoluto. As mutabilidades em Deus são sequenciais como um fluxo e então ocorre a criação trazendo em si aspectos de imperfeição de que vem de Deus.
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