quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Por que ateus militantes se irritam tanto quando alguém contesta a teoria da evolução?



     

       Nenhuma teoria científica é definitiva. O que a ciência ensina como verdade hoje pode ser mudado amanhã, e de fato isso já aconteceu várias vezes. Posso citar como exemplo a teoria atômica de Dalton. Dalton acreditava que o átomo era indivisível, mas estava errado. A ciência é uma constante busca pelo conhecimento, e por isso os cientistas estão sempre contestando ou refutando os trabalhos de seus pares, ou seja, Johannes Kepler tenta explicar algo, Newton formula uma explicação melhor e Einstein formula outra melhor ainda! É assim que funciona. Nenhuma hipótese ou teoria é definitiva. 

       No entanto, porém, tenho observado que os ateus militantes tratam a teoria da evolução (daqui pra frente identificada como TE) como um tipo de dogma. Um dogma é sempre apresentado como algo indiscutível. Você não pode contestar um dogma, pois a ideia é a de que ele sempre está certo. 

       Quando você se atreve a questionar a teria de Darwin em um desses grupos de debates de internet, os interlocutores vão automaticamente te rotular como “crente”. Mesmo que eles não saibam absolutamente nada sobre você. O simples fato de você questionar a TE já é suficiente para que eles concluam que você é crente, pois um ateu jamais questionaria seu dogma. Sim! A TE se tornou um dogma para os ateus militantes. 

       Sempre gostei de participar desses grupos de debates para me manter atualizado, e o que mais me chama a atenção é a forma apaixonada como esses ateus militantes defendem a TE. Falar da TE é como falar da mãe deles! Eles vão ficar profundamente sentidos e vão expressar isso por meio de palavras de ódio, xingamentos e insultos. Mas por que agem dessa forma?

       Não há ninguém que negue a existência de Deus e que não tenha a crença numa outra realidade fundamental e equivalente.  Se para o ateu tudo o que existe é matéria (materialismo) e esferas transcendentes ou metafísicas não existem (naturalismo), a única forma de compreensão humana da realidade é a ciência (cientificismo). Assim, o ateu militante adota a ciência e sua visão materialista como sua VERDADE FUNDAMENTAL E EQUIVALENTE. Por esse motivo uma simples crítica à TE provoca no ateu militante a mesma fúria que uma blasfêmia provocaria num crente.

       A TE é apenas uma teoria científica. Ela não tem nada a ver com teísmo ou ateísmo. Mas infelizmente os ateus estão lançando mão dela para utiliza-la como “muleta”. É a TE que vai dar ao ateísmo aquele “ar científico”. Muitos ateus ignoram o fato de que o próprio Darwin jamais excluiu Deus do processo evolutivo. Ele fez questão de frisar isso em seu livro: 

“A vida pode ter sido atribuída primitivamente pelo Criador a um pequeno número de formas, ou mesmo a uma só” (A Origem das Espécies P. 458).

       Para muitos ateus militantes, qualquer explicação sobre a origem do universo QUE NÃO USE A PALAVRA DEUS, está valendo, mesmo que essa explicação tenha sido formulada por um padre (teoria do Big Bang) ou por um teólogo (Darwin). O que importa é não utilizar Deus como agente causativo. Tudo bem se você fizer do acaso um agente causativo, mas Deus não! Isso é irracional😂.

       Eles só não conseguem compreender que explicações científicas naturalistas não servem como prova de que Deus não controlou tais processos de alguma forma. Em outras palavras, o fato da ciência explicar que a água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio não serve como prova de que Deus não criou a água. 

2 comentários:

  1. Olá Neoateísmo

    Boa noite

    Acredito que se a TE estiver errada poderia se aceitar o formacionismo onde o universo
    Seria eterno e a vida também seria eterna e se manifestaria de tempos em tempos.

    No formacionismo as manifestações seriam formadas
    Pela complexa interação entre todas as coisas e mesmo que a Terra tenha 7000 anos ainda assim isso não negaria a idéia formacionista.

    Abraço e felicidades

    Luiz

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  2. Uma teoria científica é uma explicação de um aspecto do mundo natural que pode ser repetido e verificado de acordo com o método científico, usando protocolos aceitos de observação, medição e avaliação de resultados. Sempre que possível, as teorias são testadas sob condições controladas em um experimento. [1] [2] Em circunstâncias não passíveis de testes experimentais, as teorias são avaliadas através de princípios de raciocínio abdutivo. Teorias científicas estabelecidas têm resistido a um escrutínio rigoroso e incorporam o conhecimento científico. [3]

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