sábado, 21 de dezembro de 2019

Dois pesos, duas medidas (Porta dos Fundos)

     Foi com muito desapontamento que ficamos sabendo sobre a decisão da juíza Adriana Sucena Monteiro Jara Moura, da 16ª vara cível da comarca da capital do Rio de Janeiro. Ela decidiu manter o filme blasfemo do Porta dos Fundos na plataforma Netflix, pois entendeu que o filme não fere a liberdade de crença e também não incita o ódio. 




     Isso me fez lembrar do caso do apresentador Datena. Em julho de 2010, o apresentador ofendeu os ateus durante seu programa. Os ateus entraram com processos e a emissora foi condenada a se retratar. 
     Além disso, o  juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1ª Vara Cível de São Paulo condenou o apresentador, o repórter Márcio Campos e a Rede Bandeirantes a pagarem indenização de R$ 135 mil à Atea por "danos morais aos descrentes". 
     Em teoria todos somos iguais perante a lei (Art. 5º da Constituição Federal), mas na prática parece que a justiça só é feita quando as vítimas pertencem a grupos minoritários. 

Em 2014 o humorista Fábio Porchat participou do "Programa Raul Gil" no SBT onde "não tirou o chapéu" para o apresentador Datena, dizendo que o mesmo "ofendeu os ateus"
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