Laura Keynes é bisneta de Margaret Darwin, que era tataraneta de Charles Darwin, o famoso naturalista autor do livro A Origem das Espécies. Apesar de ser filha de um neurocientista ateu, e de ter recebido dele uma forte influência secular, ela se tornou agnóstica.
Quando foi realizar seus estudos de doutorado em filosofia em Oxford, se deparou com debates sobre Deus. Foi aí que ela resolveu ler o livro “Deus, um delírio” de Richard Dawkins, um conhecido militante ateísta:
"Pensei que ia mudar do agnosticismo para o ateísmo por causa dos seus argumentos, mas depois de ler a ambos os lados do debate, não podia desprezar um caso convincente a favor da fé". Afirmou Keynes.
Aparentemente a fragilidade dos argumentos de Dawkins ficaram evidentes quando Laura Keynes começou a compara-los com argumentos a favor da existência de Deus. Ela acabou deixando o agnosticismo e se tornou cristã. Ela também percebeu que o ateísmo militante era intolerante e levava ao desprezo pelas pessoas.
Isso o que aconteceu com Laura Keynes é algo muito raro. Normalmente as pessoas procuram se convencer daquilo o que elas já possuem certa predisposição em aceitar. Por exemplo: uma pessoa com tendência para sentimentos religiosos normalmente procura ler livros que reforçam ainda mais sua fé. A pessoa que está querendo deixar a religião provavelmente vai procurar a literatura ateísta para ajudá-la nesse processo de transição. Ela vai se abrir e deixar-se convencer com facilidade, pois quer ser persuadida. Já o que aconteceu com Laura Keynes foi diferente: ela comparou os dois lados, pesou os argumentos, e depois de refletir, tomou sua decisão. Laura Keynes provou que o ser humano realmente pode evoluir.
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