domingo, 6 de julho de 2025

Livro - lançamento

 Olá, leitores! Deixo aqui o primeiro capítulo do meu novo livro. Ele foi feito para ajudar a compreender o livro bíblico de Apocalipse. Por enquanto ele está disponível apenas na versão e-book, mas em breve também estará disponível na versão física.



João, o apóstolo do Senhor Jesus Cristo, estava exilado em uma ilha chamada Patmos — um pequeno pedaço de terra no mar Egeu, pertencente ao arquipélago do Dodecaneso, na Grécia. Com cerca de 34 km², Patmos era, e ainda é, um lugar de beleza estonteante.


Apesar do tamanho reduzido, a paisagem de Patmos impressionava: colinas suaves, enseadas serenas e um litoral recortado que parecia esculpido pelo próprio Criador. No entanto, João não estava ali como turista. Aquela ilha não era um retiro voluntário, mas uma prisão. Ele estava ali como resultado de sua fidelidade inabalável ao Evangelho de Jesus Cristo.


Naqueles dias, a perseguição aos cristãos era severa. Proclamar o nome de Cristo era quase sempre uma sentença de morte. Dos doze apóstolos que andaram com Jesus, João era o único ainda vivo. Os outros já haviam sido martirizados por causa da fé que professavam.


Simão Pedro, por exemplo, foi crucificado de cabeça para baixo em Roma, entre os anos 64 e 67 d.C., conforme a tradição. Seu irmão André teve destino semelhante: foi crucificado em Patras, na região da Acaia (atual Grécia), em uma cruz em forma de “X”. Tiago, filho de Zebedeu, foi o primeiro apóstolo martirizado — decapitado em Jerusalém no ano 44 d.C., conforme registrado no livro de Atos. Segundo a tradição espanhola, seu corpo teria sido levado para onde hoje se encontra Santiago de Compostela.


Filipe teria sido martirizado em Hierápolis, na atual Turquia, entre os anos 54 e 80 d.C.; algumas tradições afirmam que foi crucificado, outras que foi apedrejado. Bartolomeu, segundo relatos antigos, foi esfolado vivo e depois decapitado — provavelmente na Armênia, embora algumas tradições apontem a Índia como local de sua morte, entre 60 e 70 d.C.


Sobre Mateus, os relatos variam bastante: há quem diga que foi queimado, outros que foi apedrejado ou morto à espada, provavelmente entre 60 e 70 d.C. na Etiópia ou na Síria. Tomé, que inicialmente duvidou da ressurreição, levou o Evangelho até a Índia, onde teria sido morto por lanças em 70 d.C. Tiago Menor, filho de Alfeu, foi apedrejado e espancado até a morte por volta de 62 d.C. em Jerusalém.


Simão, o Zelote, teria sido martirizado na Pérsia em 65 d.C., possivelmente serrado ao meio. No mesmo ano e na mesma região, Judas Tadeu, também conhecido como Lebeu, teria sido morto à espada, segundo tradições da Igreja Oriental.


Todos aqueles que haviam caminhado ao lado de João, que ouviram os ensinamentos diretamente do Mestre e testemunharam Sua ressurreição, haviam sido assassinados. Satanás, por meio da perseguição brutal, tentava sufocar a propagação da mensagem de salvação. No entanto, a Palavra de Deus não pode ser algemada.


João ainda vivia — isolado, exilado, mas não esquecido. E foi justamente naquele lugar de sofrimento, onde o mundo tentava silenciar a voz do Evangelho, que Deus escolheu falar novamente. Em Patmos, João recebeu uma série de visões proféticas que se tornariam o último livro da Bíblia: o Apocalipse, também chamado de Revelação. Ali, Deus revelou não apenas o fim dos tempos, mas a certeza de que Cristo vencerá, e com Ele, todos os que permanecerem fiéis até o fim.


Capítulo 1

Segundo a tradição cristã, o apóstolo João estava em uma caverna na Ilha de Patmos quando recebeu as revelações que hoje compõem o livro do Apocalipse. Essa caverna é conhecida atualmente como a “Caverna da Revelação”. Com o tempo, ela foi transformada em uma capela e, desde 1999, é reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO, tamanha sua importância histórica e espiritual.


A visão começa com João ouvindo uma voz poderosa atrás de si, comparada ao som de uma trombeta — clara, imponente e impossível de ignorar. Essa voz ordena que ele escreva em um livro tudo o que visse e ouvisse, e que envie essa mensagem às sete igrejas da Ásia Menor (atual Turquia). As cidades destinatárias eram: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.


Movido pela curiosidade e reverência, João se vira para ver quem falava com ele. Ao fazê-lo, vê sete candelabros de ouro, e entre eles, uma figura majestosa “semelhante a um filho de homem” — uma expressão que remete à figura messiânica do Antigo Testamento (Daniel 7:13).


A aparência dessa figura é descrita com detalhes simbólicos e impactantes:


Vestia uma túnica comprida até os pés, com um cinto de ouro no peito, indicando realeza e sacerdócio.


Seus cabelos eram brancos como lã e neve, representando pureza e eternidade.


Seus olhos brilhavam como chamas de fogo, transmitindo juízo e onisciência.


Seus pés resplandeciam como bronze polido em brasa, firmes, gloriosos e imponentes.


Sua voz era como o som de muitas águas, comparável ao rugido de uma cachoeira — forte, constante e cheia de autoridade.


Na mão direita, ele segurava sete estrelas, que simbolizavam os anjos (ou mensageiros) das sete igrejas. Esses mensageiros eram responsáveis por transmitir a mensagem divina a cada comunidade cristã.


João também observa que uma espada afiada saía da boca daquela figura gloriosa, o que representa a Palavra de Deus — viva, poderosa e penetrante como uma espada de dois gumes (Hebreus 4:12). Essa espada pode tanto corrigir e purificar a igreja como julgar e cortar aqueles que rejeitam a verdade, inclusive dentro da própria comunidade cristã.


Por fim, João descreve o rosto daquele ser como brilhando intensamente, como o sol ao meio-dia.

Ao contemplar aquele ser majestoso, repleto de glória e poder, João não suportou a intensidade da visão e caiu aos seus pés como morto — como alguém que perde completamente as forças diante do sagrado. Em meio à sua fragilidade, o ser celestial tocou-o com a mão direita, um gesto de conforto e autoridade, e lhe disse para não ter medo.


Aquele que falava com João se identificou como o próprio Senhor Jesus Cristo — aquele que esteve morto, mas agora vive para todo o sempre. Ele também se apresenta com o título “O Primeiro e o Último”, uma expressão que remete diretamente ao próprio Deus no Antigo Testamento, quando se revela como o “Alfa e o Ômega” — a primeira e a última letra do alfabeto grego. Ao usar essa expressão, Jesus afirma sua plena divindade, mostrando que Ele é eterno, soberano e igual ao Pai em essência.


Além disso, Jesus declara que possui as chaves da morte e do Hades, ou seja, tem autoridade absoluta sobre a vida, a morte e o destino eterno das almas. Isso traz não apenas reverência, mas consolo: o Senhor ressuscitado governa sobre todas as coisas.


Em seguida, Jesus reafirma a ordem para que João escreva tudo o que visse, e envie a mensagem às sete igrejas da Ásia Menor. Ele também revela o significado dos símbolos da visão:


As sete estrelas representam os anjos (ou mensageiros) das sete igrejas,


E os sete candelabros de ouro simbolizam as próprias igrejas, cada uma chamada a brilhar com a luz de Cristo no meio das trevas do mundo.


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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Bíblia incentiva a burrice - disse o ateu de Facebook que não entendeu o versículo

 



Entendendo o versículo: O versículo citado não está fazendo uma crítica à sabedoria ou ao conhecimento em si, mas sim apontando que, à medida que uma pessoa amplia sua compreensão do mundo, ela também se torna mais consciente das injustiças, dores e limitações da vida — o que pode trazer sofrimento. Muitas vezes, pessoas com menos instrução aparentam ser mais felizes justamente por não perceberem com clareza a realidade em que vivem. Em outras palavras, a ignorância pode, em certos contextos, proteger emocionalmente. Espero que essa explicação ajude a esclarecer o sentido da passagem de Eclesiastes, já que, ao que tudo indica, o autor do post original talvez não tenha compreendido plenamente sua profundidade.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Israel vs Irã

 "Porque, quando disserem: Paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição..." (1Tessalonicenses 5:3)



    Uma antiga e sombria profecia bíblica menciona uma destruição repentina que ocorrerá justamente no momento em que muitos acreditarem estar em segurança, quando parecer que a paz finalmente reina. Não estou afirmando que essa profecia se refira diretamente ao atual conflito entre Israel e Irã, mas ela levanta um alerta sobre eventos que podem, sim, se concretizar em nosso tempo.


Vamos entender como isso pode se desenrolar:


    O Irã, que já foi um aliado de Israel no passado, hoje figura como um de seus mais ferrenhos inimigos. O regime iraniano financia e apoia diversos grupos armados considerados terroristas, como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica Palestina. Esses grupos extremistas recebem treinamento, armamento e suporte logístico do Irã, e compartilham um objetivo comum: o confronto direto e constante com o Estado de Israel.


Por que o Irã se tornou inimigo de Israel?


    Após a Revolução Islâmica de 1979, o Irã passou a se posicionar como um Estado islâmico xiita com uma ideologia revolucionária. A partir de então, passou a enxergar Israel como um símbolo do imperialismo ocidental e da opressão contra os muçulmanos, especialmente os palestinos. Nessa perspectiva, o Irã se apresenta como defensor dos direitos palestinos e considera Israel um "regime de ocupação" que oprime tanto muçulmanos quanto cristãos.

    Essa visão, no entanto, é controversa. Em Israel há liberdade religiosa garantida por lei. O país abriga igrejas cristãs, sinagogas e também mesquitas islâmicas. Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores de Israel, existem cerca de 400 mesquitas no país. A mais conhecida delas é o complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém, onde se encontra o santuário islâmico da Cúpula da Rocha — um dos locais mais sagrados do Islã.

    Partindo da premissa de que Israel é um opressor, o Irã passou a financiar, treinar e armar diversos grupos extremistas, como parte de uma estratégia de guerra por procuração contra o Estado israelense. Esses grupos, entre eles o Hezbollah, a Jihad Islâmica Palestina e principalmente o Hamas, são utilizados pelo Irã como instrumentos de pressão e enfrentamento indireto.

    Israel tem se defendido desses ataques ao longo dos anos. No entanto, no dia 7 de outubro de 2023 — ironicamente um sábado, dia sagrado para os judeus — o grupo terrorista Hamas lançou um ataque massivo contra o território israelense. A ofensiva, batizada de "Operação Inundação de Al-Aqsa", foi um dos episódios mais violentos e inesperados do Oriente Médio nas últimas décadas. Mais de 1.200 israelenses foram mortos e mais de 250 pessoas foram sequestradas.

    O impacto psicológico e político desse ataque foi profundo e provocou uma resposta imediata e feroz de Israel, que lançou uma ofensiva implacável contra o Hamas. Além disso, Israel ampliou seus ataques a outras organizações consideradas terroristas, desarticulando parte de suas estruturas militares e operacionais.

    Porém, em uma escalada mais dramática, na sexta-feira, 13 de junho de 2025, Israel realizou um ataque de grande escala contra o Irã. A operação teve como alvos principais as defesas militares iranianas e uma usina nuclear onde, segundo informações de inteligência, o regime estaria desenvolvendo armas nucleares. Tanto o governo de Israel quanto os Estados Unidos concordam que o Irã não pode ser autorizado a desenvolver esse tipo de armamento, especialmente considerando que o regime iraniano declara abertamente sua intenção de eliminar o Estado de Israel.


Paz e Segurança


   Se Israel realmente conseguir aniquilar seus inimigos — tanto o Irã quanto os grupos terroristas que este financia —, talvez experimente, pela primeira vez em sua história moderna, uma sensação genuína de paz e segurança. No entanto, é justamente esse cenário que desperta preocupação. A profecia bíblica adverte que uma grande e repentina destruição virá no momento em que muitos estiverem dizendo: “Paz e segurança”.

    Mas o que poderia causar uma destruição tão devastadora? Uma explosão nuclear? Um colapso global? Ainda não sabemos. O fato é que, segundo o texto profético, o perigo pode se esconder exatamente por trás da ilusão de estabilidade.

    



domingo, 25 de maio de 2025

Recomendação de leitura




     Infelizmente, o feminismo atual não é mais o mesmo que surgiu no passado. O movimento, em sua forma moderna, parece ter se distorcido, tornando-se uma luta pela supremacia feminina. Nesse novo modelo, as mulheres ganham privilégios, enquanto os homens são tratados como párias na sociedade. O feminismo moderno propaga a misandria e o desprezo pelos homens, criando um ambiente onde, em vez de promover a união, busca afastar cada vez mais os gêneros.

    O movimento se tornou, em muitos aspectos, um braço de um projeto político de esquerda que parece mais interessado em avançar sua agenda do que realmente promover o bem-estar das mulheres.

    Neste ebook, farei uma análise crítica do feminismo moderno, que, na minha visão, se tornou um movimento prejudicial não apenas para os homens, mas também para as mulheres.


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APENAS 5 REAIS. 



Respondendo perguntas aleatórias

 


A Bíblia não menciona especificamente o ato de fumar, até porque o tabaco só passou a ser cultivado e utilizado com essa finalidade pelos povos indígenas da América do Sul e Central, muito tempo depois do período bíblico. Portanto, ninguém fumava na época em que as Escrituras foram escritas. Usar a Bíblia para condenar diretamente o fumo exigiria a interpretação indireta — e, em alguns casos, até forçada — de certos versículos, o que não é recomendável.

Em relação à participação em festas chamadas "mundanas", também não há uma proibição explícita nas Escrituras. Vale lembrar que o próprio Jesus realizou seu primeiro milagre em uma festa de casamento, transformando água em vinho (João 2:1-11), o que mostra que Ele não era contrário à celebração em si, desde que houvesse sobriedade e respeito.

Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas, a Bíblia não o proíbe. Pelo contrário, em Provérbios 31:6-7, há uma orientação para dar bebida forte àqueles que estão em sofrimento ou angústia, como forma de consolo. No entanto, a Escritura é clara ao condenar o excesso: o alcoolismo, ou seja, tornar-se beberrão, é algo reprovado (ver, por exemplo, Efésios 5:18 e 1 Coríntios 6:10).

Em resumo, muitas práticas não são condenadas de forma direta pela Bíblia, mas é sempre importante considerar os princípios cristãos de moderação, equilíbrio e discernimento espiritual ao avaliá-las.


quinta-feira, 21 de novembro de 2024

O DNA é um computador quântico perfeito, afirma revista científica

    


     Recentemente a revista Nature Scientific Reports, uma das principais revistas de publicações científicas do mundo publicou um artigo com um título um tanto chamativo: “DNA as a perfect quantum computer based on the quantum physics principles” (DNA como um computador quântico perfeito baseado nos princípios da física quântica). O artigo fala sobre uma pesquisa teórica sobre o DNA que explorou sua natureza complexa e multifacetada. De acordo com o artigo, nosso DNA pode ser visto como um computador quântico perfeito.

    O DNA é uma molécula com várias escalas e níveis de complexidade, o que torna difícil estudá-la de forma teórica. Para compreendê-la adequadamente, é necessário usar conceitos de química, física quântica e informática quântica. A pesquisa visa entender melhor como o DNA se estrutura e como ele "funciona" na transmissão e codificação das informações genéticas. Isso envolve entender os estados quânticos das moléculas dentro do DNA e como elas processam informações.

    A aromacidade, um fenômeno químico importante nas bases nitrogenadas do DNA (como Adenina, Timina, Guanina e Citosina), é explicada pelo comportamento quântico dos pares de elétrons e buracos (ausências de elétrons), que são ligados por energias vibracionais moleculares quantizadas. As bases nitrogenadas no DNA formam uma corrente supercondutora, onde os pares de elétrons se movem de maneira coordenada em uma banda molecular única.

    A ligação de hidrogênio entre Adenina (A) e Timina (T) ou Guanina (G) e Citosina (C) é comparada ao Efeito Josephson, um fenômeno quântico em que uma corrente flui entre dois supercondutores sem resistência. Esse efeito é fundamental para a "quantização" das informações no DNA. As bases nitrogenadas do DNA formam dois estados quânticos entrelaçados que podem ser considerados qubits, a unidade básica de informação quântica.

    A pesquisa também sugere que a polimerase de RNA pode usar uma forma de "teleportação quântica" para transferir um dos quatro estados de Bell (um tipo de entrelaçamento quântico) entre as moléculas de DNA.

    Em resumo, a pesquisa argumenta que o DNA pode funcionar como um computador quântico, aproveitando princípios da física quântica para processar e armazenar informações de maneira extremamente eficiente.  Isso em si é uma forte evidência de design inteligente. 

    Essencialmente, o artigo sugere que o DNA não só carrega informações genéticas, mas também pode operar de uma maneira similar a um computador quântico, processando dados de forma muito mais complexa e eficiente do que os computadores clássicos.

    O artigo explora a ideia de que os processos naturais, incluindo os biológicos, são regidos por códigos que controlam a maneira como as leis da física, da química e da biologia interagem. 

    A introdução começa com a ideia de que muitos processos naturais, como os que ocorrem no corpo e na natureza, funcionam com base em "códigos". Por exemplo, usamos o sistema de números decimais (0 a 9) para representar números reais. De forma similar, nosso DNA usa um "código genético" para armazenar e passar informações sobre como construir proteínas.

    O DNA tem um "alfabeto" de quatro componentes químicos chamados bases nitrogenadas (Adenina, Guanina, Timina e Citosina), que se combinam de formas específicas para formar os "pares" que codificam informações. Esses pares se ligam através de ligações de hidrogênio, como um código que define a estrutura do DNA.

    O sequenciamento de DNA é uma tecnologia que permite analisar rapidamente o código genético. Isso abre portas para o desenvolvimento de medicina personalizada, especialmente no tratamento de doenças como o câncer.

    O artigo também fala sobre computação quântica, que é um tipo de computação baseada em princípios da física quântica. Em vez de usar "bits" tradicionais, a computação quântica usa "qubits", que podem representar múltiplos valores ao mesmo tempo, permitindo uma grande aceleração no processamento de informações.

    O texto sugere que, assim como sistemas quânticos podem processar informações de maneira paralela (simultaneamente para várias entradas), o DNA também pode ter propriedades quânticas. Especificamente, ele sugere que as bases nitrogenadas no DNA (A-T e C-G) podem estar "entrelançadas" quânticamente, ou seja, podem estar em estados quânticos interligados de uma maneira que as torna muito eficientes em processar informações.

    A pesquisa propõe que o DNA, com sua estrutura complexa e suas interações moleculares, pode ser visto como um "computador quântico perfeito", que processa informações de maneira extremamente eficiente. Ela sugere que os processos biológicos no DNA podem ser entendidos usando conceitos da física quântica, mostrando como a biologia e a física quântica podem estar mais interconectadas do que imaginamos.

    O artigo sugere que o DNA possui uma estrutura extremamente complexa e eficiente, com propriedades que podem ser explicadas por princípios da física quântica. A ideia de que o DNA funciona como um "computador quântico perfeito", como proposto no artigo, levanta a possibilidade de que sua complexidade e eficiência possam ser vistas como sinais de uma criação inteligente. Vou listar alguns argumentos que reforçam essa ideia: 

1. Complexidade e Precisão Excepcionais

O DNA possui uma estrutura incrivelmente complexa e bem organizada, composta por quatro bases nitrogenadas (A, T, G e C) que se combinam de maneiras específicas para codificar toda a informação genética necessária para a vida. Essa organização não é aleatória; é uma sequência altamente otimizada que permite a formação de proteínas essenciais para a célula e para os organismos vivos em geral. A pesquisa sugere que essa organização é ainda mais sofisticada, com a utilização de propriedades quânticas para processar e armazenar informações de forma muito mais eficiente do que qualquer computador tradicional. A ideia de que uma molécula natural tenha tamanha complexidade e capacidade de processamento pode ser vista como um indício de que há um projeto inteligente por trás de sua existência, já que a natureza parece funcionar de maneira incrivelmente coordenada e precisa.


2. Computação Quântica no DNA

A ideia de que o DNA pode funcionar como um "computador quântico perfeito" é um ponto central do artigo. A computação quântica é uma das tecnologias mais avançadas e complexas que os cientistas estão desenvolvendo atualmente, permitindo uma capacidade de processamento exponencialmente mais rápida em relação aos sistemas tradicionais. Se o DNA é capaz de realizar esse tipo de computação de forma natural, isso levanta a questão de como tal capacidade pode ter surgido. A complexidade de interações quânticas que o artigo descreve no DNA — como os pares de bases (A-T e C-G) formando estados entrelaçados quânticos — sugere um nível de sofisticação que seria improvável de ser produzido por processos aleatórios ou por simples seleção natural. Isso pode ser interpretado como um sinal de que o DNA foi projetado para funcionar dessa maneira, o que seria consistente com a ideia de uma criação inteligente.


3. Eficiência Excepcional

O artigo também sugere que o DNA usa quantum parallelism (paralelismo quântico) para realizar várias operações simultaneamente, o que torna o processo de leitura e processamento da informação genética extremamente eficiente. Essa eficiência é incomum em sistemas naturais. Enquanto computadores modernos podem processar grandes volumes de dados, o DNA consegue fazer isso de forma muito mais compacta e com um consumo mínimo de recursos. Essa eficiência notável, que parece ser otimizada por princípios de física quântica, pode ser vista como uma característica de um sistema intencionalmente projetado, em vez de algo surgido de um processo evolutivo gradual e aleatório.


4. Codificação e Armazenamento de Informação

O DNA é fundamentalmente uma forma de armazenamento de informações — ele codifica toda a informação genética necessária para criar e manter um organismo. O artigo explica como essa codificação é feita de maneira extremamente eficaz, utilizando interações moleculares precisas. Isso leva à questão de como um sistema tão sofisticado poderia surgir sem uma inteligência para estruturar e organizar as informações de forma tão eficaz. Em sistemas computacionais desenvolvidos pelo homem, a criação de sistemas de codificação e armazenamento de dados altamente eficientes normalmente requer um design inteligente, de modo que o DNA, com suas características notáveis, poderia ser interpretado de forma semelhante.


5. Entrelançamento Quântico e Josephson Junction

A ideia de que as bases do DNA podem estar em estados quânticos entrelaçados, como os pares de elétrons em um Josephson Junction, também sugere uma grande sofisticação no design do DNA. Esses efeitos quânticos são difíceis de observar em sistemas naturais e são típicos de tecnologias de ponta, como circuitos quânticos. Se o DNA realmente possui propriedades quânticas de entrelaçamento e supercondutividade, isso implicaria que ele foi projetado para aproveitar as leis da física de maneiras altamente complexas e eficientes, o que pode ser considerado mais plausível se pensarmos em uma inteligência orientando esse design.


6. Interconexão com a Física Quântica

O artigo sugere que, para compreender totalmente o funcionamento do DNA, é necessário aplicar princípios de física quântica e teoria quântica de sólidos. O fato de que o DNA apresenta essas características avançadas, que são comumente associadas a tecnologias de ponta desenvolvidas pelo ser humano, pode ser visto como mais um indicativo de que o DNA não é resultado de um processo aleatório, mas de um projeto inteligente que soube aproveitar as leis da física de maneira extremamente eficaz.

    A complexidade, a eficiência, o entrelaçamento quântico e as propriedades computacionais avançadas do DNA apresentam características de um sistema altamente projetado, que poderiam ser vistas como evidências de uma criação inteligente. Se o DNA exibe uma funcionalidade de computação quântica perfeitamente otimizada, com uma organização complexa que vai além das capacidades atuais dos sistemas computacionais desenvolvidos pelo homem, isso sugere que ele foi projetado de forma intencional e inteligente. Portanto, um argumento em favor da criação inteligente do DNA pode ser baseado na observação de que suas propriedades são tão sofisticadas e eficientes que seria mais plausível que um Criador inteligente tenha arquitetado esse sistema do que ele ter surgido por acaso através de processos naturais aleatórios.


segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Budistas São Ateus?

 

   


     É muito comum ouvirmos pessoas afirmando que budistas são ateus, e isso acontece porque os budistas não possuem aquela concepção tradicional de um Deus Supremo e Criador. Ao invés de prestarem adoração a um Deus Onipotente (ou a vários deuses), eles focam nos ensinamentos do Buda (que para eles foi um ser humano comum, porém, muito iluminado, um verdadeiro guia e mestre espiritual), práticas de meditação e desenvolvimento pessoal também fazem parte de suas rotinas. A ênfase está na compreensão da natureza da mente, no alívio do sofrimento e na busca pela iluminação.

    O budismo vem de uma tradição onde a figura de Deus não está presente, ou seja, eles não têm a mesma concepção de Deus que nós temos, mas isso não significa que eles estejam negando a existência de Deus. Ateus, por outro lado, negam a existência de Deus, por isso a palavra "ateísmo" começa com a partícula de negação "a", seguida da palavra "Theos" (Deus). E apesar de os budistas não terem a mesma concepção de Deus que nós temos, eles têm sua própria concepção sobre divindades (o que os desqualifica como ateus). 

    No budismo, especialmente no Theravada, os deuses (ou deva) são vistos mais como seres que habitam reinos elevados, mas não são considerados criadores ou onipotentes. Eles têm um papel limitado e, assim como os humanos, estão sujeitos ao ciclo de nascimento e renascimento (samsara). Os budistas acreditam que esses seres podem ajudar ou proteger, mas a verdadeira salvação e iluminação dependem do próprio esforço.

    No budismo Mahayana, há uma ênfase maior em bodhisattvas, que são seres que buscam a iluminação não apenas para si mesmos, mas também para ajudar os outros. Alguns bodhisattvas são adorados e reverenciados, e suas figuras podem ser consideradas divinas em certo sentido.