segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Deus apoia a escravidão?

ARGUMENTO: "O Deus bíblico é um escravocrata, pois defende a escravidão"


Não há na bíblia uma proibição expressa da escravidão, apesar de a bíblia falar muito sobre o tema. A Lei de Deus tornou o tratamento aos escravos mais humano, e garantiu a eles muitos direitos, entretanto não proibiu essa prática. Em vista disso, muitos críticos contestam a bondade e justiça de Deus. Como um Deus que ensina que devemos amar ao próximo poderia permitir essa prática tão abusiva?

Em primeiro lugar, temos que ter sempre em mente que a bíblia foi escrita numa época diferente da nossa, em um contexto cultural completamente diferente também. A prática da escravidão era uma realidade comum naquela época, e não era vista como a vemos hoje.

Onde os críticos estão errando?



O que a palavra "escravidão" lhe traz à mente? Imagens de negros acorrentados, sendo forçados a trabalhar de graça? É comum que você veja a escravidão dessa forma, por ter o seu conceito sobre escravidão baseado na escravidão racial que contaminou nosso mundo nos últimos séculos. Acontece que a escravidão nos tempos bíblicos era bem diferente do tipo de escravidão que conhecemos. E é justamente ai que está o erro dos críticos. Eles associam aquela escravidão (que não foi proibida por Deus), com a escravidão racial abusiva que escandalizou o mundo. Podemos dizer que é um erro anacrônico. 

Como era a escravidão mencionada na bíblia?

Existem certos detalhes que os críticos desconhecem. 

Os escravos eram adquiridos de várias formas:

- Muitos deles eram prisioneiros de guerra (2Crônicas  28:8/ Daniel 1: 3,4). 
- Alguns ladrões se tornavam escravos para restituir o roubo com serviço (Êxodo 22:3)
- Um endividado poderia se tornar escravo de seu credor para pagar o que estava devendo através de seus serviços (2Reis 4:1)
- Algumas pessoas vendiam a si mesmas como escravas para ter seu sustento garantido (Levítico 25:39).

Mas é claro que a palavra "escravo" assusta, não é mesmo? Mas na bíblia a palavra "escravo" nem sempre tem o mesmo sentido com o qual estamos familiarizados! É uma palavra usada de forma ambígua. O escravo nos tempos bíblicos nem sempre era um "produto" ou "mercadoria". Geralmente ele era um trabalhador comum. Para entender isso basta conhecer um pouco a etimologia das palavras utilizadas pela bíblia para se referir aos escravos.
A bíblia usa pelo menos duas palavras para se referir aos escravos: "ebed" (hebraico) e "doulos" (grego).
Essas palavras podem ser usadas para se referir a um subordinado na escala social, como, por exemplo, um vassalo de um rei, que mesmo sendo um cidadão livre, podia ser chamado de "ebed ou doulos" (escravo ou servo). Até mesmo um rei poderia ser chamado de "escravo ou servo" dos deuses (por estar numa posição inferior). Portanto, é notório que as palavras traduzidas na bíblia como "escravo" podiam ser usadas em referência a qualquer pessoa em posição de subordinação, como um trabalhador diante de seu patrão, por exemplo (A History of Ancient Near Eastem Law - 2Vols - Raymond Westbrook - 2003).

Direito dos "escravos" garantidos pela Lei mosaica:

Direito a pelo menos um dia de descanso por semana (Êxodo 20:10)
Direito a indenização em caso de constrangimento (Êxodo 21: 8, 10)
Direito de se casarem com filhos ou filhas de seus senhores (Êxodo 21:9)
Direito a certos privilégios (Levítico 22:10-13)
Direito a alforria depois de um tempo de serviços prestados (Êxodo 21:2,5) (o escravo poderia abrir mão dese direito se quisesse continuar trabalhando para o seu senhor).
Direito a proteção contra agressões (Êxodo 21:20)
Direito a proteção contra danos físicos oriundos de agressões (Êxodo 21:26,27).

Alguns escravos tinham direito a remuneração, recebendo como jornaleiros, isso é, ganhando por jornada de trabalho (Levítico 25: 40).


Visto que a escravidão (servidão) era o único meio de subsistência para várias pessoas daquela época, Deus agiu bem em não proibir essa prática, e sim regulamentar. 




11 comentários:

  1. que engraçado, você """esqueceu""" de dizer que êxodo 21:21 diz que sim, bater no escravo é permitido, deste que ele não morra em um ou dois dias. se ele morrer uma semana depois? tá de boa. """proteger contra agressão"""

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  2. Nem vale a pena comentar... Não sei poque perco meu tempo!?

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  3. Que lixo,quer dizer então que a escravidão bíblica era uma espécie de contrato de trabalho?!
    Que espécie de trabalho era este que permitia que o patrão surrasse o coitado do ‘empregado’ até a morte?!
    Este site é um verdadeiro lixo..

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    1. Escravidão bíblica?!
      Muito estranho esse conceito. Basta aparecer na bíblia, então Deus criou?
      Os hebreus israelitas tambén eram escravos, assim como em toda aquela região naquela época.
      Na verdade se Deus mandasse os escravos embora eles não teriam onde ir, ou iriam parar sob a tutela do código de Hamurabi (que nāo era tāo benévola aos escravos).
      O problema é que as pessoas mudam, mas Deus não.
      Naquele contexto a lei era mais branda e justa do que a dos vizinhos de Israel.
      Só que na hora de criticar ninguém lembra disso.

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  4. Voces são otimos em ler isso e dizer que significa aquilo. Escravidao não importa a forma que se pratica. É escravidão do mesmo jeito. Vocês tentam amaciar as coisas que vocês leem e sabem que é um texto medonho, abusivo, repugnante, daí precisam achar uma explicação e arruma esse "rebolation" literário pra explicar o que não tem explicação, ainda mais vindo da parte de um ser perfeito. E nem comentam que o espancamento de escravos era permitido. QUe o escravo hebreu poderia ter a sua liberdade após 6 anos de trabalhos, mas seus filhos, nascidos em cativeiro eram do senhor dos escravos. QUal mãe aceitaria sua liberdade e deixaria seus filhos pra trás? Mas eu entendo. Ja fui ovelha e ovelha aceita qualquer coisa que derem a elas.

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    1. Adilson, Você diz que: "Já foi ovelha e que ovelha e que ovelha aceita qualquer coisa que derem a elas".

      Acho que você era cabrito não ovelha.

      E também deixo bem claro para você que em nenhuma parte da Bíblia se encontra Deus dizendo que apoia ou não a escravidão.

      lembre-se que lei de Deus só são os dez mandamentos o restante são normas Mosaicas.

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    2. escravidão não importa como a forma que se pratica,em alguns casos a escravidão bíblica não pode ser considerada nem escravidão apenas trabalho,alem disso algumas pessoas mesmo se vendiam como escravos pra ganhar sustento,os neo ateus adoram usar a palavra rebolation dizendo que os religiosos sempre fazem isso,mas fazem ate pior criticam com tudo que podem as vezes nem ao menos utilizando argumentos plausíveis.ate hoje existe escravidão no brasil mesmo onde pessoas vigiam terrenos de seus senhores em troca de comida,mas enfim não irei perder meu tempo expicando muito você que estude.

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  5. Quando um ateu vê escrito escravidão na bíblia eles já imaginam a escravidão do Brasil e etc,ateus vão existir pokemom do Darwin deixa as escrituras para os teólogos!

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  6. Acabaram de fazer um vídeo respondendo ao seu artigo:
    https://www.youtube.com/watch?v=NcmDP8exi2k&t=600s

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    1. Assisti o tal vídeo! Se você for amigo do autor, aconselhe-o a tomar um pó de guaraná antes de gravar, pois aquela conversa arrastada dá sono! kkk. Sem contar que o cara me chamou de evangélico umas dez vezes, e não sou evangélico. Outra coisa que percebi é que ele não tentou refutar os argumentos que utilizo nesse artigo, mas somente ficou naquele lenga-lenga de tentar criticar minha postura... De qualquer forma foi interessante ver um vídeo em resposta a um artigo desse blog... É sinal de que estamos no caminho certo.

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