quinta-feira, 6 de abril de 2023

Algumas profecias de Isaias e seu cumprimento na história

 

Os profetas do Antigo Testamento eram pessoas escolhidas por Deus para servirem como um tipo de canal de comunicação entre Ele e a humanidade. Eles profetizaram antes, durante e depois do cativeiro em Babilônia. Ao ler os livros de alguns desses profetas, percebo claramente que Deus advertiu o seu povo do castigo vindouro repetidas vezes, mas o povo não deu ouvidos. O povo escolhido tinha se desviado totalmente de Deus naquela época. O cativeiro em Babilônia foi um tipo de "chacoalhão" que Deus estava dando em seu povo para que eles acordassem para a realidade. Nesse post vou mostrar algumas das profecias de Isaías, um dos profetas maiores do A.T.  Esse é um trecho do ebook que lancei essa semana sobre profecias. Caso venha a se interessar, vou deixar o link no final desse artigo. 


Isaías



Isaías foi um homem muito culto que veio de uma família muito influente em Jerusalém. Era casado com uma profetiza e tinha dois filhos. O ministério desse profeta durou mais de meio século e abrangeu os reinados de quatro reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. Seu livro foi escrito entre 700-680 a.C. 

De acordo com a tradição, Isaías foi serrado ao meio pelo filho de Ezequias, o ímpio rei Manassés. 


“A vossa terra está assolada, as vossas cidades estão abrasadas pelo fogo; a vossa terra os estranhos a devoram em vossa presença; e está como devastada, numa subversão de estranhos.”

Isaías 1:7


Isaías estava prevendo um futuro terrível para Judá. Um futuro de destruição, onde as cidades seriam assoladas, incendiadas e invadidas por povos estrangeiros. A única forma de evitar isso seria se o povo se arrependesse de sua rebeldia e pecado, o que não aconteceu. Essa profecia se cumpriu entre 605-586 a.C. quando Nabucodonosor e seu exército babilônico invadiram Judá.

A invasão de Nabucodonosor à Judá é um evento histórico que ocorreu no século VI a.C. Nabucodonosor II era o rei da Babilônia e, em 605 a.C., ele derrotou o exército egípcio na Batalha de Carquemis. Após essa vitória, ele expandiu seu império para o oeste e invadiu o reino de Judá em 597 a.C.

Judá era um reino judeu localizado no que é hoje a região da Palestina. O rei de Judá, Joaquim, havia sido nomeado pelo rei da Babilônia como governador da região, mas ele se revoltou e se aliou ao Egito. Isso levou Nabucodonosor a invadir Judá e capturar Joaquim.

Com a captura de Joaquim, Nabucodonosor colocou em seu lugar um rei fantoche, Zedequias, que mais tarde também se revoltou contra a Babilônia. Isso resultou em uma segunda invasão babilônica em Judá em 587 a.C., que levou à destruição de Jerusalém e do Primeiro Templo.

A invasão de Nabucodonosor teve um grande impacto na história judaica e é considerada um dos eventos mais importantes da época. A destruição do Primeiro Templo foi um momento traumático para os judeus e levou ao exílio de muitos deles na Babilônia. A invasão também é vista como um exemplo de como os impérios poderosos podem conquistar e subjugar nações menores e menos poderosas.



“E ele arvorará o estandarte para as nações de longe, e lhes assobiará para que venham desde a extremidade da terra; e eis que virão apressurada e ligeiramente.”

Isaías 5:26


Por causa da rebeldia de seu povo, Deus chamaria nações de longe para que viessem destruir Judá. Nessa profecia Isaías estava antevendo as invasões dos assírios em 701 a.C. e dos babilônios, cujas incursões começaram em 605 a.C. 

A invasão dos assírios a Judá é outro evento importante na história da região que ocorreu no século VIII a.C. Os assírios eram um império poderoso que se expandiu rapidamente na região da Mesopotâmia e em outras partes do Oriente Médio. Eles invadiram Judá por volta de 701 a.C., durante o reinado do rei Ezequias.

Ezequias havia liderado uma revolta contra a dominação assíria e se aliou ao Egito para se proteger. No entanto, o rei assírio Senaqueribe lançou uma grande campanha militar contra Judá, cercando Jerusalém e ameaçando a sua destruição. Os assírios tinham uma reputação de brutalidade e violência em relação aos seus inimigos, e isso causou grande medo e pânico entre os habitantes de Judá.

No entanto, a história conta que um milagre ocorreu e Jerusalém foi poupada. Segundo a Bíblia, o Anjo do Senhor matou 185.000 soldados assírios durante a noite, fazendo com que o rei Senaqueribe desistisse do cerco e retornasse à sua capital, Nínive.

A invasão assíria teve um impacto duradouro na região, e é vista como um exemplo da brutalidade e opressão dos impérios dominantes sobre nações menores. Também é um exemplo da resistência e perseverança das pessoas contra as adversidades, mesmo quando estão em grande desvantagem.



“Porém a cabeça da Síria será Damasco, e a cabeça de Damasco Rezim; e dentro de sessenta e cinco anos Efraim será destruído, e deixará de ser povo.”

Isaías 7:8


Isaías profetiza que dentro de sessenta e cinco anos, Israel (chamado nesse versículo de Efraim), seria destruído e deixaria de existir como uma nação. Isso se cumpriu em 722 a.C. quando a Assíria venceu Israel. Depois disso, aquela região foi invadida por colonos estrangeiros que fizeram casamentos mistos com os israelitas que tinham permanecido na região, dando origem aos samaritanos. 

A invasão dos assírios a Israel em 722 a.C. foi um evento significativo na história da região, que afetou profundamente a cultura e a política da época. Naquela época, Israel era um reino dividido em dois: Israel no norte e Judá no sul. Os assírios eram uma potência regional na Mesopotâmia, conhecida por sua força militar e capacidade de conquista.

Em 734 a.C., o rei assírio Tiglate-Pileser III iniciou uma campanha militar na região, conquistando Damasco e partes do norte de Israel. Em 722 a.C., seu sucessor, Salmaneser V, liderou uma invasão total de Israel, sitiando a capital Samaria por três anos antes de finalmente capturá-la. O rei de Israel, Oséias, foi capturado e a maior parte da população foi levada cativa para a Assíria.

A invasão dos assírios teve um grande impacto na história de Israel e da região. Foi o fim do reino do norte de Israel, que nunca mais se recuperou como uma entidade política independente. A população cativa levada para a Assíria foi assimilada e perdeu sua identidade cultural, tornando-se conhecida como os samaritanos. A invasão também marcou o início da influência assíria na região, que teve um impacto significativo na cultura e religião judaica.



“Peso de babilônia, que viu Isaías, filho de Amós.”

Isaías 13:1

“Já se ouve a gritaria da multidão sobre os montes, como a de muito povo; o som do rebuliço de reinos e de nações congregados. O Senhor dos Exércitos passa em revista o exército de guerra.”

Isaías 13:4


O capítulo 13 do livro de Isaías anuncia a destruição de Babilônia. Babilônia, que ironicamente tinha servido de instrumento da ira divina contra Jerusalém, agora estava na mira de Deus. Essa profecia se cumpriu em etapas. A primeira etapa se cumpriu em 689 a.C. quando os assírios atacaram Babilônia. Nessa ocasião, Senaqueribe capturou a cidade. Depois disso Babilônia se recuperou sob o reinado de Nabucodonosor, mas foi capturada em 539 a.C. por Ciro, do império medo-persa, como profetizado em Isaías 13:17. Em 518 a.C. a cidade foi novamente devastada e se tornou uma ruína. 


“Peso contra Arábia. Nos bosques da Arábia passareis a noite, ó viandantes de Dedanim.”

Isaías 21:13


Isaías profetiza que a Arábia sofreria uma terrível derrota. Os dedanitas (tribo árabe) seriam forçados a fugir do inimigo e acampar nos bosques. Essa profecia se cumpriu em 732 a.C. quando os assírios atacaram os árabes. 

O ataque dos assírios aos árabes em 732 a.C. é conhecido como a Batalha de Qarqar e foi um importante conflito militar na região do Oriente Médio na época. Os assírios, liderados pelo rei Salmaneser III, estavam em um período de expansão territorial e buscavam conquistar novas terras e aumentar sua influência na região.

Os árabes, liderados pelo rei Gindibu, uniram-se a outros povos, incluindo os arameus e os hititas, para resistir à invasão assíria. A batalha foi travada na cidade de Qarqar, no atual território da Síria, e envolveu tropas de ambos os lados.

Em 688 a.C. Senaqueribe também conquistou a Arábia e assumiu o título de “rei da Arábia”. 

O ataque da Assíria à Arábia em 688 a.C. foi um importante conflito militar entre os assírios e os árabes na região da Arábia. A Assíria, liderada pelo rei Senaqueribe, buscava expandir seu império para além das fronteiras estabelecidas anteriormente.

Os árabes, liderados pelo rei de Qedar, uma confederação tribal árabe, resistiram à invasão assíria, que resultou em um conflito sangrento que durou vários anos. O principal motivo do ataque assírio à Arábia era controlar as rotas comerciais que atravessavam a região, e que eram vitais para o comércio da época.

Senaqueribe liderou pessoalmente o exército assírio na invasão da Arábia, enfrentando forte resistência dos árabes em várias batalhas. No entanto, a superioridade militar e tecnológica dos assírios acabou prevalecendo, e eles conseguiram subjugar a região.

O ataque assírio à Arábia teve um impacto significativo na história da região, ajudando a consolidar o controle assírio sobre as rotas comerciais que atravessavam a região e fortalecendo a posição dos assírios como uma potência militar e econômica na região do Oriente Médio. O ataque também ilustra a importância do controle das rotas comerciais e o papel do comércio na geopolítica da época.


“Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado.”

Isaías 44:28


Essa é sem dúvida uma das profecias mais incríveis da bíblia! Isaías profetizou que um homem chamado Ciro iria autorizar a reedificação de Jerusalém e do Templo após o cativeiro. Cento e cinquenta anos depois que essa profecia foi feita, o imperador Ciro expediu um decreto autorizando os judeus a voltarem para Jerusalém e reedificarem a sua cidade e o seu Templo. O profeta não só tinha acertado o nome do imperador como também previu o que ele faria, e isso, cento e cinquenta anos antes de tudo isso acontecer. O decreto de Ciro foi expedido em 538 a.C. 


Gostou desse conteúdo? Isso é apenas um trecho do ebook que lancei essa semana. Nesse ebook falo sobre o cumprimento histórico das profecias de vários profetas do Antigo Testamento, sempre com boas referências históricas. Caso se interesse em adquirir o ebook, acesse um dos links abaixo: 


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