ARGUMENTO:
“A bíblia contém mais de duas mil contradições explícitas ou implícitas”
Com essa afirmação o neo-ateu vai tentar derrubar a
idéia de que a bíblia foi inspirada por Deus. Ele vai argumentar que a
verdadeira palavra de Deus não pode conter erros ou contradições. Em seguida vai
te mostrar uma lista com supostas contradições na bíblia, uma lista pronta que
circula há muito tempo pela internet. À primeira vista essas supostas
contradições parecem ser reais, mas um estudo mais profundo revelará que não
são.
Antes de tudo devemos considerar alguns fatos:
- Muitos ateus que alegam existir
contradições na bíblia sequer leram esse livro.
- A maior parte deles chegou a essa conclusão lendo
sites ou livros ateístas, e não a própria bíblia.
Qualquer pessoa que tenha dedicado um pouco de seu
tempo para um estudo mais profundo sobre esse tema logo perceberá que o
problema não está no texto bíblico, mas na própria carência de entendimento do
neo-ateu. Neo-ateus são verdadeiros analfabetos quando o assunto é bíblia.
Selecionei algumas "contradições" bíblicas
apontadas pelos críticos e suas respectivas refutações que foram cedidas
gentilmente pelo blog Guerrovacriacionismo, onde você poderá encontrar uma lista mais
completa.
É justamente a IGNORÂNCIA do neo-ateu que o levará a
pensar que existem contradições na bíblia. Vou mostrar alguns casos:
Ignorância
sobre a localização geográfica de certos lugares mencionados na bíblia:
"Arão morreu no monte Hor (Números 33:38). Arão
morreu em Mosera (Deuteronômio 10:6). Qual desses versículos está correto?”
RESPOSTA – Os
dois versículos estão corretos. O “monte Hor” é uma montanha situada na
fronteira de Edom. Ela geralmente é identificada como Jebel Nebi – Harun, ou
como Jebel Madura. Enquanto “Mosera” nada mais é que uma pequena fonte ao pé
desse mesmo monte. Mosera é identificada como El-tayibeh. Então tanto faz dizer
que Arão morreu em Mosera ou no monte Hor, uma vez que ambos fazem parte do
mesmo acampamento israelita. O livro de Números indica o local exato da morte
de Arão, ou seja, “no cume do monte” (Números 20:28). E o livro de Deuteronômio
indica o local de seu sepultamento, “o acampamento em Mosera”. Para se ter uma
idéia melhor desse acampamento leia Números 20: 25 – 29.
Viu só? Nesse caso o neo-ateu não sabia que Mosera
e o monte Hor estavam no mesmo acampamento israelita e por isso achou que havia uma
contradição no texto bíblico.
Ignorância
lingüística
Essa ausência de conhecimento por parte dos
neo-ateus é responsável pela maior parte das supostas contradições por eles
apontadas. Devemos salientar que a bíblia foi escrita originalmente em hebraico
massorético (Antigo Testamento), e em grego (Novo Testamento). É claro que
muitas palavras utilizadas nos textos originais possuem sentidos distintos,
veja alguns exemplos:
“Quando Jesus apareceu para Paulo no caminho de
Damasco, os varões que estavam com ele ouviram a voz de Jesus, mas não viram
ninguém (Atos 9:7). Ou teriam eles visto uma luz, mas não ouviram
voz alguma (Atos 22:9)?”
RESPOSTA –
Lucas, ao registrar a conversão de Paulo no caminho de Damasco em Atos 9:7, diz
que os varões “ouviram a voz”, mas em Atos 22:9 ele diz que “não ouviram a
voz”. Contradição? Não! Pelo menos não no texto original grego. Trata-se aqui
da construção do verbo “ouvir” (gr. akow). Em Atos 9:7 é empregado com o
genitivo ( akoyontes), e em Atos 22:9 com o acusativo (ekoysan). Ou seja, o
sentido de “não ouvir” é “não compreender o sentido” e nunca “não escutar”.
Portanto, os varões que estavam com Paulo realmente viram uma luz, mas não
enxergaram ninguém, e ouviram a voz, mas não entenderam o que dizia. Esse erro
de tradução já foi corrigido nas versões mais atualizadas da bíblia.
Veja outro exemplo:
“A Terra vai durar para sempre (Salmos 104:5) (Eclesiastes
1:4). A Terra perecerá (2Pedro 3:10) (Hebreus 1:10-11)”.
RESPOSTA – O
termo hebraico que geralmente é traduzido como “para sempre ou perpétuo” é
“olan”. Esse termo é usado na bíblia de modo virtual e nem sempre significa
“existir eternamente”. Quando esse termo é usado na bíblia em referência ao
planeta Terra, ele significa “estabilidade”, representando algo firme, sólido e
duradouro. Essa palavra foi usada cerca de 40 vezes no Pentateuco em referência
a cerimônias e mandamentos da Lei mosaica que já não são obrigatórios (Êxodo
12:17 / Levíticos 16:29). Isso indica que “olan” (perpétuo), tem sentido de uma
permanência durante um tempo determinado ou indeterminado (condicionado a
natureza daquilo a que se aplica).
Mais um:
“Jesus disse aos seus discípulos que deveriam andar
calçados com sandálias (Marcos 6:9). Jesus lhes disse que deveriam andar
descalços (Mateus 10:10)”.
RESPOSTA –
Aqui o problema apareceu quando duas palavras gregas com significados
diferentes foram traduzidas da mesma forma, criando uma aparente contradição.
Existe uma diferença significante entre a “sandália” mencionada por Marcos, que
provêm do termo grego “sandalia”, e entre a “sandália” mencionada por Mateus,
que provêm do termo grego “ypodemata”. Mateus está falando aqui do calçado
desnecessário, reserva, dispensável. Já Marcos fala das sandálias “simples”.
Somente um cético bronco poderia deduzir que Jesus mandaria alguém andar
descalço na areia escaldante do deserto!
É claro que o neo-ateu não é obrigado a aprender grego
ou hebraico para entender a bíblia. Mas se ele quer mesmo apontar contradições
na bíblia, devia pelo menos entender o básico do básico. É justamente esse
conhecimento que separa os entendidos dos palpiteiros.
Veja outro exemplo:
“Jesus manda amarmos uns aos outros (João 13:34-35).
Você não pode ser um discípulo de Jesus a menos que já tenha aborrecido seus
pais, seus irmãos, seus filhos ou sua esposa (Lucas 14:26)”.
RESPOSTA – A
palavra grega traduzida como “aborrecer” em Lucas 14:26 foi “miseî”, que significa
literalmente “amar menos” (compare com Mateus 10:37 e Gênesis 29:31). O que
Jesus requer nessa passagem é que nossa lealdade e amor a Ele sejam superiores
a todos os demais vínculos em nossa vida, inclusive os da nossa própria
família. É claro que devemos amar uns aos outros (João 13:34-35), porém, o amor
a Deus deve ser maior. Deus sempre deve estar em primeiro lugar em nossas
vidas.
Pois é! Como um ateu que nunca estudou
grego bíblico iria adivinhar que a raiz grega traduzida nessa passagem como
“aborrecer” significa “amar menos”? É justamente por isso que somente devemos opinar em assuntos que dominamos.
Veja outro exemplo:
“Quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna (João
3:36). Quem ama a Deus e ao próximo tem a vida eterna (Lucas 10:25-28). Quem
guarda os dez mandamentos tem a vida eterna (Mateus 19:16-17)”.
RESPOSTA – A
palavra grega traduzida por “aquele que crê” em João 3:36 foi “pisteuo”, que é
contrastada com a palavra “apeitheo”, que foi traduzida como “não crê”, e
significa desobedecer ou “não se sujeitar”. Para João, incredulidade significa
“não obedecer ao Filho de Deus”. A fé e a obediência são duas palavras cujas
idéias são freqüentemente intercambiáveis na bíblia. Por isso, aquele que crê
em Jesus tem a Vida Eterna (João 3:36). Mas a fé sem obras é morta (Tiago
2:17). Sendo assim, para se crer verdadeiramente em Cristo é necessário
obedecê-lo, cumprindo os seus mandamentos (Mateus 19:16-17), principalmente o
de amar a Deus e ao próximo, que são os dois maiores mandamentos (Lucas
10:25-28). Cumprir os mandamentos de Deus é colocar a fé em prática.
Está atônito com a falta de conhecimento lingüístico
dos neo-ateus? Você ainda não viu nada! Muitos deles sequer conhecem a própria
língua pátria! Veja essa “contradição” que circula por ai em sites ateístas:
“Vestiram Jesus com um manto carmesim (Mateus
27:28). Vestiram Jesus com um manto púrpura (Marcos 25:17) (João 19:2).”
RESPOSTA –
Vejamos o significado dessas palavras no dicionário:
-Carmesim = adj. 2 gên. e s. m. Cor vermelha muito
viva.
-Púrpura = Antigo tecido vermelho; vestuário dos
reis.
Ambas as passagens bíblicas estão dizendo que o
manto que colocaram sobre Jesus era vermelho. Não há contradição alguma.
Tisk, tisk, tisk! O cara sequer sabia que carmesim é
sinônimo de púrpura! E são esses indivíduos que vivem se gabando de sua
“inteligência superior”! Pobre gente!
Veja outro caso:
“Você tem que julgar o próximo com justiça
(Levíticos 19:15). Não julgue ninguém para não ser julgado (Mateus 7:1)”.
RESPOSTA –
Esses dois versículos não estão falando do mesmo tipo de julgamento. Mais uma
vez a “suposta” contradição bíblica só existe na esfera de ignorância do cético
que a elaborou.
Mateus 7:1 condena o hábito de criticar os outros,
sendo nós mesmos faltosos. É o costume de supor algo sobre alguém sem ter
certeza.
Levítico 19:15 fala do “julgamento de causas num
tribunal” (pretoria). Note que no versículo há a ordem de julgar de uma só
maneira o pobre e o rico (pequeno e o grande), não se deixando levar nem pelo
medo e nem pela caridade. Em Deuteronômio 1:17, o mesmo ensino é repetido: “Não
atentareis para pessoa alguma em juízo, ouvireis assim o pequeno como o grande;
não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus; porém a causa que vos
for difícil fareis vir a mim, e eu ouvirei”. Note que Moisés se ofereceu para
julgar as causas mais difíceis, deixando as mais fáceis nas mãos dos juízes
constituídos (Deuteronômio 1:16).
Uma coisa é decidir um litígio na qualidade de juiz,
outra coisa é emitir uma opinião baseando-se na aparência ou em outras coisas
superficiais (pressupor algo).
Se o neo-ateu sequer consegue identificar significados distintos em uma palavra em português, como, pois, poderíamos esperar que ele identificasse o
sentido de palavras originalmente escritas em grego ou hebraico?
Falta
de atenção no contexto
Outra coisa que faz com que o cético enxergue
contradição onde não há é a falta de atenção no próprio texto. Veja esse
exemplo:
“Israel dispõe de 800.000 homens aptos para manejar
espadas, enquanto que Judá dispõe de 500.000 homens (2Samuel 24:9). Israel
dispõe de 1.100.000 homens aptos para manejar espadas, enquanto que Judá dispõe
de 470.000 homens (1Crônicas 21:5)”.
RESPOSTA – Os
efetivos alistados no serviço real eram 288.000 soldados, divididos em 12
turmas de 24.000, cada turma servindo um mês durante o ano. Havia
adicionalmente 12.000 a serviço dos 12 príncipes das tribos, perfazendo o total
de 300.000. Pelo que parece, os 1.100.000 de 1Crônicas 21:5 incluem estes
300.000 já alistados, ao passo que 2Samuel 24:9 não os inclui (vide: 1Crônicas
27:1-22). No que se refere a Judá, 2Samuel 24:9 parece incluir 30.000 homens
dum exército de observação destacado nas fronteiras filistéias, mas não
incluídos no número em 1Crônicas 21:5 (vide: 2Samuel 6:1). Se lembrarmos que
2Samuel e 1Crônicas foram escritos por dois homens com pontos de vista e
objetivos diferentes, poderemos facilmente harmonizar estes números.
Veja esse outro exemplo:
“Quando Pedro negou a Cristo, quantas vezes o galo
cantou?”
RESPOSTA –
Mateus, Lucas e João disseram que antes que o galo cantasse, Pedro negaria o
Senhor três vezes. Marcos, porém, afirma que Pedro negaria Jesus por três vezes
antes de o galo cantar “duas vezes”. São contraditórios os evangelhos? Não!
Mateus, Lucas e João não especificaram quantas vezes o galo cantaria, eles
apenas mencionaram o fato. Marcos, portanto, foi mais específico, citando com
exatidão o número de vezes.
Ignorância
sobre genealogias:
Veja a confusão que um cético fez por não saber como eram feitas as genealogias bíblicas:
“Jorão era o pai de Ozias, que era o pai de Joathão
(Mateus 1:8-9). Jorão era o pai de Occozias, do qual nasceu Joás, que gerou
Amazias, que foi pai de Azarias que, finalmente gerou Joathão (1Crônicas
3:11-12)”.
RESPOSTA – As
genealogias bíblicas são seletivas, isto é: focalizam apenas alguns dos
descendentes de determinada pessoa. As expressões “o filho de” ou “gerado de”,
também podem significar “o descendente de”. Por isso, alguns filhos ou gerações
são omitidos. Jotão (Joathão), o personagem mencionado no argumento acima, foi
na verdade filho de Azarias, rei de Judá. A expressão “Uzias (Ozias) gerou a
Joathão” (Mateus 1:9), significa que Joathão é descendente de Uzias.
“Ignorar a própria ignorância é a doença do
ignorante” (Amos B. Alcott).
embora eu não seja ateu pelo contrario eu andei pesquisando em vários sites e achei muito mais contradições,informações duvidosas e outras coisas se você puder explica-las como fez em seus outros posts eu agradeceria aqui esta os links:
ResponderEliminarbibliadocetico.net/contradições.html
bibliadocetico.net/absurdos.html
tediado.com.br/10/63-contradicoes-da-biblia
ex-cristao.blogspot.com.br/2007/05/contradies-bblicas.html
traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2013/07/19/contradições-da-bíblia-que-nenhum-crente-consegue-explicar
paradoxosbiblicos.blogspot.com.br/2012/02/absurdos-da-bíblia.html
espero que leia cada um deles com atenção e depois tente explicar as controvérsias e outras coisas lembrando que eu não sou ateu pelo contrario mas os seus posts tem fornecido bastante informação e eu ao ver tudo isso em sites resolvi mostra-los pra você explica-los.
http://ex-cristao.blogspot.fr/2007/05/contradies-bblicas.html
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